sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Edward Hopper, o poeta da solidão, abordou em suas obras a desolação, tristeza  capturadas através de suas personagens urbanas.
Abaixo segue uma releitura de sua obra Anonimato de 1927, cuja descrição é uma mulher jovem, só , no que se supõe ser um café, absorta em seus pensamentos...



                                            Quanto pesa a solidão?


Pesa tanto quanto um abandono, a dor de quem muito amou e teve como prêmio o esquecimento.
Uma mulher bem trajada, de aspecto requintado adentra um café, na hora em que toda a cidade dorme. Esta tem por companheira a penumbra obscura do lugar, prestes a abaixar as portas. E lá está ela tão indiferente ao mundo a sua volta.
A solidão nem sempre foi sua companheira, outrora tivera amigos e amor. ledo engano...amigos vieram com o dinheiro; o amor, este lhe foi amputado pelas convenções sociais, obrigando -na a escolher entre o Ser e o Parecer.
Agora, o que mais lhe dói é o esquecimento daquele a quem não pôde fazer entender o quão difícil foi a sua escolha...

Um comentário:

  1. Gostei!Acho que retrata a atmosfera do quadro, que, por sua vez se identifica com solidão comum à todos, independente de tempo-espaço-circunstância!Somos uma raça dependente; muitas vezes frustrada, individualista e sem poder eficiente de comunicação...E sofremos; cada qual seu próprio vazio!

    Ps.:Obrigado pelo seu elogio!Tô seguindo seu espaço agora!

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